22 de setembro de 2007

Que viva Eisenstein! - [2]

Acabo de ver Ivã, o Terrível - Parte 1 e acho que terei de reservar um post somente para esse filme. Então vou postar rapidamente o que achei de Que Viva México!

Bom, o filme fala sobre o México. Aborda aquele país de várias formas e bem. O filme foi feito em 1930-32 mas só foi finalizado em 1979 pelo fiel escudeiro do Eisenstein, o Alexandrov. É a versão que deve chegar mais perto da que o Eisenstein faria. Tem planos belíssimos e uma trilha bem divertida. Mas falta uma história homogênea. Logo de início me lembrei de um outro filme, Soy Cuba, e realmente, consultando mais tarde fiquei a saber que o filme teve forte inspiração no do Eisenstein, talvez pelo fato do diretor do Soy Cuba ser um russo também, a influência seria inevitável.

Vale ver como curiosidade, embora eu ainda ache o Outubro melhor que o Que Viva México!

A única sequência fodástica mesmo é mais pro final, que inclusive o professor Glênio havia mostrado em aula, que um cara é enterrado vivo até os ombros e aí vários cavalos pisoteiam ele. O realismo implantado nessa cena nos choca mesmo sendo de 1930 quando os caras faziam esse tipo de cena muito toscamente. Aliás essa sequência deve ser muito tosca, mas o Eisenstein na montagem resolveu tudo dando um ritmo sensacional.

É um filme que influenciou muita gente, inclusive o grande Sergio Leone. A parte final do Que Viva México! lembra muitos planos da trilogia dos dólares do Leone.

Falta história! Falta história! Falta história! Erro imperdoável do grande mestre, que só é compensado mesmo pela beleza estética dos planos e do filme em si, até porque o filme tem toda uma saga por trás de seu desenvolvimento. Mas disso eu não vou falar.

Bom, espero ver a parte 2 do Ivã, o Terrível para poder postar aqui as minhas conclusoes a respeito do grande mestre.

Um comentário:

Bruno G. Guimarães disse...

o eisenstein era gay.
e comunista.