31 de outubro de 2009

Matadores de Besouros?

Num dia de calor infernal nada melhor do que ir pro cinema onde o ar condicionado nos condiciona à condição de mero espectador de uma determinada projeção. Os filmes da vez eram "Besouro" e "Matadores de Vampiras Lésbicas".

Bom, na verdade o que me motivou particularmente hoje a ir ver "Besouro" foi a crítica feita pela Veja, que aliás recomendo que não Vejam pois mete o pau no filme injustamente. O filme é brasileiro, ok. O filme é brasileiro, ok. É um filme regular enquanto filme, ok. E é brasileiro, ok. Relevando esses meros detalhes e indo no dia promocional do cinema de sua preferência, você vai se sentir lucrando.
O filme de Tikhomirrof é visualmente excelente, não é a toa que teve o apoio de uma das maiores finalizadoras do país. Imagem muito bonita mesmo. A montagem que foi algo bem criticado pela tendenciosa revista na minha opinião é ótima pois não entrega a história em nenhum momento e até consegue fazer um joguete de nos enganar indo pro passado, futuro, presente em uma mesma cena com poucos cortes, há um certo esforço para que se entenda a história. A direção de atores me parece ter sido boa, pois sabe-se que muitos eram não atores e com exceção da namoradinha do Besouro achei os demais atores bem naturais, uns mais regulares que os outros, mas alguns bem expressivos. E o roteiro é regular ora bolas, esperavam o que? Cidadão Kane 2? E as lutas foram muito bem filmadas e estão caindo bem para o filme. A Veja diz "ah, mas as lutas não tem um drama ou uma história ou uma narrativa dentro de si que contribuia para o filme que nem nos orientais", hey, eu digo, não estamos vendo um filme oriental folks. A luta está colocada nos momentos em que os personagens realmente lutariam, ponto.
Quanto ao inglês "Matadores de Vampiras Lésbicas", bom, excelente surpresa, eu esperava uma bomba, mas até que o filme se sai bem enquanto comédia trash. Eles exageram no trash e a coisa não fica exagerada, impressionante. Apelam pruns Deus Ex-Machina no início, mas sei lá, tinha até esquecido disso. Há piadas muito engraçadas, personagens bem engraçados e bla bla bla. E ainda deram um gancho para uma possível continuação: "Matadores de Lobisomens Gays" ? Bom, estou no aguardo desde já.

Ok fans, grande abraço a todos vocês que pelo mundo nos acompanham e como diria Hitler "NAI NAI NAI NAI NAI NAI NAI!"

23 de outubro de 2009

Filmes and rage.

Acabei esquecendo de falar do "Gattaca" de sei lá quem e do "Blue" do Derek Jarman. Um foi bem clássico e interessante enquanto o outro experimental, ousado e rebelde demais mesmo pra mim.

Mas nem tenho mais paciência pra falar de filmes, apenas fica o registro.

22 de outubro de 2009

VIBROBOY!


Mamãe, quero ser hype. Tipo, melhor filme francês da história, completamente transgressor, anarquista, marginal, alegórico, e com sentido.

Tudo isso acontece quando uma estátua asteca trazida pra França por um travesti e um acrobata. Ela libera El Vibro que dá origem ao Vibroboy, um superherói com uma furadeira fálica.

CHOREM!

O filme é de 1993 do Jan Kounen. Cenas antológicas que me farão rir eternamente pra sempre. Quer saber mais? Fala com o Vibroboy no MSN ou dá um Google.

"Ainda vai dizer que não sabe o que é isso?!"

Parlez-moi d'amour...

Cinesquemanovo excelente. Pena que não pude ir ver muitos filmes do festival, mas vou comentar um sessão deveras especial de hoje.

Sem enrolation, conteúdo.
"Haze", do Shinya Tsukamoto, é a "história" de um japa que acorda preso num cubículo e sem memória e a partir daí tem de sofrer muita tortura pra conseguir sair dali. É uma mistura de "O Cubo" com "Jogos Mortais". O filme atinge o objetivo de passar uma agonia, mas não gostei mesmo assim, sei lá vai ver não era o dia de ver um filme de horror. Tá, talvez ainda desse pra forçar uma leitura de que a opressão da sociedade nipônica é traduzível no fato do personagem estar ali recluso e não ter exatamente uma alternativa. Ah sei lá. Fodam-se os japoneses.
E os coreanos? Bom, o filme passado foi realmente bom. "Influenza", do Bong Joon-Ho é sincero e uníssono. Vemos a história de um homem que se perde no mundo do crime através de câmeras de segurança. Foi interessante que o cara conseguiu dar uma unidade pra história e enfim estruturou bem o filme. O ritmo cresce no tempo certo, e as cenas finais são hilariantes. Prepararam bem o clima pro próximo filme.

Que aliás merece um post exclusivo.

Balaio de Gato.

Alguns filmes passaram e nem comentei, o que não necessariamente fez falta ao desenvolvimente intelectual do blog, visto que os filmes não eram lá grandes coisas à exceção do Benjamim Button.

Buenas, em ordem cronológica ou não vamos aos filmes.
Citando bem brevemente "Também Somos Irmãos", brasileiro legítimo de José Carlos Burle, 1940 e poucos, preto e branco, aquela chanchada bem fraca com péssima interpretações (só o Grande Otelo se salva), bom, não tenho pudor em criticar filmes antigos e saudosistas, se é bom eu sou o primeiro e pagar pau, mas não é o caso desse.
Vi o "Gomorra", do Matteo qualquer-coisa, tipo, filme de máfia, o visual do filme ora é interessante, ora não, e tem umas histórias muito desnecessárias, pelo que eu tinha ouvido do filme eu ia me impressionar e curti pra caralho, e nem foi isso. Na real só a história do piazinho é tri, podia ter desenvolvido o filme inteiro em cima dela, ou falar mais dela pelo menos. E os dois gurizão também são interessantes embora eu tenha achado um pouco inconsistente o rumo que se deu.
Daí vi o Benjamim Button, tá, vamos escrever direito, "O Curioso Caso de Benjamim Button", filme deveras original, muito interessante e que consegue ser entretenimento mesmo tratando de um tema que a priori seria mais artístico. Achei foda. Mas só pra poder criticar um pouco, achei uma certa inconsistência em certa parte do roteiro. Do momento em que a Daisy quebra a perna até a hora que ela diz algo do tipo "eu sou inútil" o filme ficou MUITO ruim, perderam o foco no Benjamim Button e dramatizaram a situação da Daisy, aquilo não teve (não foi mostrado) um grande desenvolvimento no arco dramático do Benjamim, e mostrou o quão chata era aquela mulher. Sem contar que a fotografia do filme mudou, o ritmo mudou, completamente desnecessário, por sorte o roteiro se recuperou a ponto de fazer um final decente ainda que clássico do clássico.

Ahhh, na real agora lembrei de filmes que nem comentei, mas já vi faz tempo demais agora, era um curta do Nelson Diniz eu acho e o filme "A Vila" (que gostei embora critiquem moooito).

No próximo post temos o filme francês mais genial da história e orientais malucos.

13 de outubro de 2009

Experiência Total.

Depois de no domingo me decepcionar com o Input afinal exibiram apenas um episódio de duas séries cujo final parecia ser algo indispensável, Gangstativerne e um outro filme qualquer de um equatoriano resolvi prestigiar um segundo filme da Mostra Cinema e Direitos Humanos.

Como postado anteriormente fui, além de apreciar o cônsul guatemalteco xavecar uma loira qualquer, ver ''O Cavaleiro Negro''. O filme da vez foi ''O Signo da Cidade''. Filme nacional. Logo, ruim.

Não, na verdade tinha um quê de interessante, mas a coluna vertebral do filme era desinteressante, personagem principal fraquíssima. Era a Bruna Lombardi, a roteirista do filme é claro.

O interessante no caso foi que o filme estava sendo exibido com audiodescrição e com legendas, prestigiando assim o público deficiente auditivo e visual. O público normal poderia usar vendas para sentir a experiência, mas enfim, preferi não. Em alguns momentos do filme fechei os olhos para ter uma idéia de como era, mas daí eu ficava muito curioso pra ver aquilo que eu ouvia e então abria os olhos e aí me decepcionava e assim por diante.

Essa experiência total de cinema foi muito interessante, afinal a audiodescrição é uma espécie de narrador do filme, mas que narra em forma de roteiro, ora em forma de conto literário e a legenda ajudou também na hora de entender o áudio (imagino que o problema não fosse no filme, tampouco na sala de exibição, mas sim na cópia que já devia ser antiga ou coisa do tipo).

E no caso não atrapalha nada ter alguém te dizendo aquilo que tu estás vendo, e a legenda tu acaba ignorando nas partes que não precisa dela. Por mim mais filmes podiam ser exibidos assim (não sei se há uma demanda de deficientes que queiram isso e no caso o setor de exibição se pilhe em fazer mais coisas do tipo).

Roteiro amanhã, Burle na sexta. Novidades ao longo do mês. Bgs.

11 de outubro de 2009

Tarkovski de brinks.


''Cali a boki e aprenda'' é o que dizia o mestre russo.

8 de outubro de 2009

4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos


Abertura fantástica, com direito a reencontros inusitados, vereadores falando mais do que deviam, coquetel que não experimentei e muito mais.

Era mais um daqueles dias que se tem muito pra fazer mas a gente resolve ir fazer outra coisa. Dai fui pro Santander Cultural e o destino que me guiasse. Hoje estreava a 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos e eu me recuso a seguir nesse jornalismo tradicional.

Revi as queridas Rita e Turra.

Foi tri, ingresso de graça (pobre adoooora), brindes do evento (pobre adoooora[2]), coquetel delicioso de graça (pobre adoooora[3]), político dando aqueles discursos de político (pobre adoooora[4]) enfim, um programa altamente rico (piada) em cultura.

Daí depois de meia hora de enrolação e falatório, representante disso, daquilo e bla bla bla começa o filme. Começou com um dos usos mais óbvios de azul e amarelo (cores da bandeira sueca, país produtor do filme) que eu já vi, mas aos poucos aceitei que era algo feito pra TV (alguém por favor me diz que era) com toda aquela filosofia do vídeo 30fps e né, o filme cativou.

O Cavaleiro Negro é um filme de Ulf Hultber e Åsa Faringer, de 2007, co-produzido por Suécia, Dinamarca e México, filmado no Chile e que fala da história real do embaixador sueco Harald Edelstam e sua luta em prol dos direitos humanos durante a ditadura militar chilena. O cara foi um fodão que quando estourou a merda da ditadura entrou na embaixada Cubana (que estava sendo bombardeada) e falou que a Suécia tava dando moral pra Cuba daí ninguém mais podia meter bala lá. Depois abriu as portas dessa embaixada pros indefesos pobres, maltrapilhos e revolucionários perseguidos entrarem e ficarem lá a salvo até ele conseguir um avião e mandar toda negada pra Sweden.

Roteiro mal escrito, podia render bem mais, aliás minha teoria da pirâmide invertida (roteiro, interpretação e técnica) seguida da pirâmide (conhecimento, dedicação e dinheiro) só se reforça quando vejo esse tipo de filme.

Mesmo assim, valeu a pena, ainda mais porque tive a ímpar oportunidade de ouvir de canto o Cônsul da Guatemala trovando a representante de alguma Secretaria Municipal, falei mermo, tá pegaaaando. Fui, bjosmetwitta.

6 de outubro de 2009

Le Rendez-Vous Cinéma


Pois é, tava sem nada pra fazer (mentira) daí fui ver um filme. "As férias do Sr. Hulot". Muito, aliás muito meeeiixmo, engraçado. O filme é de 1953 e têm um humor universal que sempre será humor em qualquer época pra sempre eternamente amém.

A história basicamente é: férias onde as trapalhadas do Sr. Hulot fazem com que ninguém tenha sossego.

Do início ao fim é gargalhada na certa. Recomendo em dobro. Mas hoje não estou muito afim de ficar resenhando.