28 de setembro de 2009

Processo Não-Criativo (lógica?)

E realmente, me parece que tão importante quanto ser criativo, ousado é conseguir com que a idéia faça sentido, tenha nexo. Mas o diferencial se dará no limite, até onde podemos ir sem ofender os conservadores?

SET Universitário.

Enfim, RBS Debates com Jayme Monjardim e mais dois a escolha. Foi interessante ele veio e falou bem sinceramente (tirando a parte que disse pra vesga, gorda e feia que o que importa é a beleza interior) sobre a televisão de um modo geral e um pouco das experiência cinematográficas dele.

E de quebra ainda tivemos um achado, um dos convidados é um publicitário que acaba de fazer seu primeiro longa (que já tem tudo pra ser um clássico do cinema nacional)

Taí o thriller (não é mesmo Regina? piada interna.)

20 de setembro de 2009

Polícia em Ação.

Mél Déls. O.O

Liguei no 55. TVU - TV Urbana. Mas mél déls.

O programa consiste num Datena, só que gaúcho, e nas ruas.

Tavam mostrando um assaltante que tinha acabado de morrer, e a brigada militar ali. Gente, gente, e os direitos humanos? E ainda ficaram falando que tava certo matar o cara (beleza, sou contra o crime, mas vamos ter um pouquinho de comedimento) e ficaram nessa de que era um a menos, e ficavam mostrando a arma, e mostrando o cara morto e falando que tinha tremido um pouco antes de se ir.

Estou impressionado, porque mesmo se for armação tinha gente da brigada militar mesmo ali. Fico com a frase de um dos brigadianos.

"Xinelo tem que morrê"

cadê o chinelo?

Obrigado TuntzTuntz.

"...she's got what it takes to make ends meet.
The eyes of a lover that hit like heat.
You know she's a little bit dangerous..."

Às vezes nem importa o significado, mas às vezes importa. Pra aliviar a tensão da semana só mesmo música eletrônica. Obrigado por existir. Schopenhauer, Jean-Michel Jarre, Kraftwerk, obrigado.

15 de setembro de 2009

Que resenha hein féra. - parte 5


Hoje estou muito cansado pra divagar eternamente sobre o nada. O filme foi fodão.

A cidade Louvre (La ville Louvre), 1990, de Nicolas Philibert. Enfim, meio óbvio o assunto né. Talvez, mas visto de uma ótica extremamente original.

O filme nos faz conhecer as salas secretas do Louvre, aquelas que não temos acesso. Dentre depósito de obras, sala de musculação e corredores estreitos por onde passam obras gigantes, vemos a montagem de uma exposição. Teve uma obra que se fudeu (aka foi danificada), teve treinamento de funcionários, teve gente tocando em pinturas (só os que tem a "confiança" por estar há mais tempo lá), teve restauração de algumas obras.

Enfim, lindo pra quem ama a França. E eu odeio.

14 de setembro de 2009

Que resenha hein féra. - parte 4


Por isso que eu não falo sobre os filmes que eu vejo, me torno prolixo e não paro de falar, e isso me desgasta tanto.

Enfim, o último por enquanto.

A Margem da Linha, excelente longa-metragem (xi, tem hífen ainda?) de Gisela Callas. É um documentário que vai buscar, a partir de três artistas de três gerações diferentes, Regina Silveira, Sergio Sister e José Spaniol, a opinião de críticos de arte, curadores, arquitetos, outros artistas, entre outros, encontrando os paradigmas da arte contemporânea.

Não inova tanto na forma, mas vale a pena pelo conteúdo. Sensacional ver a certeza contraditória dos artistas em relação a conceitos de arte contemporânea. Enquanto um acha que sim, outro acha que não. E esses paradigmas são mostrados a todo instante, o que torna mais interessante o filme.

Ao final, se tínhamos uma opinião formada, ou ela se modificou, ou ela foi quebrada.

Que resenha hein féra. - parte 3


Tom Zé ou Quem irá colocar uma dinamite na cabeça do século?, média-metragem mais do que excelente. Bom, enfim, Tom Zé é um gênio, pra mim melhor que Caetano, Gil e Chico. Juntos.

É um retrato estético dele como diz a sinopse. E nossa, que retrato. É um bate-papo mesclado com experiências dele. Eu não consigo nem articular pensamentos, só frases soltas mesmo. E ele às vezes nem isso consegue, no caso por ter idéias demais enquanto eu de menos.

A sinceridade com que ele trata a música é o que me faz gostar tanto dele, essa humildade em não exaltar as coisas é admirável e se reflete no talento e no relativo sucesso dele.

Claude Monet, Pintor, curta de Michael Baummitz. Sobre o que será que é? =B

É uma animação bem interessante mostrando um pouco de tudo do Monet. Comecei a gostar mais do impressionismo depois desse curta, principalmente pela filosofia da coisa.

Mas no início do filme tem umas coisas meio estranhas, tipo animação tosca (Chapolin), juro pra vocês gente, do fundo do coração, tem isso, mas não chega a ser agressivo, sei lá. Valeu a pena.

E pra concluir. Enki Bilal, nossa, do diretor Jean-Loup Martin. Esse Enki Bilal, não vou falar nada dele, apenas vou mandar que pesquisem. É sensacional. Tá, é óbvio que eu vou falar dele né.

Fez uns quadrinhos sensacionalmente visuais que por algum motivo me impressionaram bastante. E fez dois filmes que, não vou explicitar porque, me chocaram mais ainda. E novamente, um artista que tem sinceridade na sua obra, pra mim é a característica mais admirável em alguém.

Próximo post tem coisa boa. :O

Que resenha hein féra. - parte 2

Ok, rendeu mais de um post, não esperava conseguir produzir tanto depois de uma segunda-feira cheia de atividades e com a cabeça lotada de preocupações afinal a semana mal começou e já estou devendo tempo.

Como isso não interessa pra ninguém vamos direto aos filmes. Vi uns curtas aí de arte contemporânea, um negócio meio "pré-bienal", bem legal. Vamos aos quatro.

Rafael França - Obra como testamento. No caso não vou citar os diretores dos curtas porque o que mais chamou atenção não foi necessariamente o filme enquanto filme, mas sim enquanto produto audiovisual. Esse curta foi bem "puft" pra mim. Puft é tipo quando tua cabeça tá fechada e algo te abre ela, sem necessariamente ser algo genial, pode ser um cachorro na rua como diria a Sheila.

Rafael França pra quem não sabe - e eu, evidentemente, não sabia - foi um gaúcho precursor no Brasil de experiências envolvendo arte e tecnologia, since 70's. Fez umas coisas não tão legais, mas originais, em fotocópia (tipo scanner + xerox saca?). Daí depois fez instalação (éé), performance (legal), intervenção urbana (genial) e aí finalmente videoarte (ah sei lá, na teoria foi tri, mas eu nem curto videoarte).

Poutz, falei demais, dos outros vou economizar palavras.

Quem tem medo de arte contemporânea?, pois é, esse é o nome. Eu não tenho medo, sei lá, é só arte. Sim, só arte. Sou contra esse pessoal que gosta de endeusar a arte e torná-la intocável. A arte é feita de pessoas para pessoas, vamos parar de pensar que é algo muito maior do que isso, leiam a crítica qualificada e não os dogmáticos conservadores ou mesmo os engajados reacionários contemporâneos.

O filme fala um pouco dessas questões discutidas, mas foca mesmo nessa coisa de a arte contemporânea quebrar vários paradigmas e se tornar complexa demais para ser entendida, se é que é pra ser entendida.

Vocês vão precisar de estômago, acreditem.

Com o oceano inteiro para nadar, é outro, chato, dormi. Dormiu? OMG, você não respeita o cinema. Eu não, deveria? Era poético demais para uma sexta-feira à noite e eu precisava descansar para o último curta.

Actio, esse sim, bem interessante, fala do processo de criação de cinco artistas. Bem legal ver como os artistas veem (reforma) sua arte. Entender o processo é bom às vezes pois ajuda a fruir melhor a obra.

Não sabe o que é fruir? Ahhh, eu também não sabia. =P

Que resenha hein féra. - parte 1


Enfim, ultimamente vi algumas coisas interessantes, outras nem tanto. Sem divagações sobre a vida (deixo isso pra posts econômicos ou pro twitter) vamos direto ao ponto.

Moscou, o novo filme do Eduardo Coutinho (Cabra Marcado Para Morrer, Edifício Master, Peões, Jogo de Cena) é muito interessante enquanto dispositivo para documentário. Ainda não vi o glamurisado Jogo de Cena, mas pelo que ouvi falar acho que o Moscou é mais interessante do ponto de vista analítico.

Ele parte da seguinte premissa, 3 semanas para acompanhar a montagem de uma peça teatral que demoraria mais do que 3 semanas. Sim, essa é a idéia, não conseguirem montar a peça, pois o interessante está no durante o processo.

"Eduardo Coutinho acompanha o Grupo Galpão, de Belo Horizonte, durante três semanas de ensaios da peça "As três irmãs", de Anton Tchecov. O filme é composto de fragmentos dos workshops, improvisações e ensaios de uma peça que não teve nem terá estréia."

Sensacional, não é mesmo? E não fica claro ali mas tal como o Jogo de Cena e todos os outros filmes do Coutinho tem um diálogo interessante, por vezes direto, por vezes indireto, do que é ficção e o que é documentário, real ou irreal. Enfim, pra mim é um filme necessário pra quem gosta de pensar cinema.

7 de setembro de 2009

Cinema irlandês.

O filme "Once" é sensacionalmente incrível, não pelo seu jogo de câmera observadora, mas sim pela trilha sonora que se mescla com o processo fílmico.

I'm scratching at the surface now
And I'm trying hard to work it out
So much has gone misunderstood
This mystery only leads to doubt
And I didn't understand
When you reached out to take my hand
And if you have something to say
You'd better say it now

Cause this is what you've waited for
Your chance to even up the score
And as these shadows fall on me now
I will somehow

Cause this is what you've waited for
A chance to even up the score
And as these shadows fall on me now
I will somehow

Cause I'm picking up a message Lord
And I'm closer than I've ever been before

So if you have something to say
Say it to me now
Say it to me now
Say it to me now

6 de setembro de 2009

O mesmo carinha do Golimar.


Quem não ver duas vezes, cantarolar a melodia e incorporar trejeitos não merece viver.

4 de setembro de 2009

De boa.

Cansei das avaliações superficiais das pessoas. De que importa como os outros se vestem, a música que ouvem, os lugares que freqüentam, se usam trema no U ainda, se gostam de coca-cola, se não são vegetarianos, se amam o capitalismo, se gostam de futebol, tênis, basquete, computador ou ir ao parque. Deem uma chance pras pessoas.

2 de setembro de 2009

Twittada.

Lugar certo, hora certa.