7 de agosto de 2009

Ritmo, ritmo de Fest.

Ainda estou lendo Hitler v.1 do Joachim Fest, o melhor biógrafo dele. Sim, eu leio na velocidade de tartaruga afinal quero aproveitar mais esse livro que se mostra a cada capítulo mais instigante. Cheguei na parte em que o Adolf entra na política alí em meados da década de 20. E só se foram 100 páginas, esse primeiro volume vai até a chegada dele ao poder em 33. A parte boa fica pro volume 2 né, haha. Então aí vãos alguns trechos que eu simplesmente amei do livro, esse cara escreve muito bem tornando a parte "chata" da biografia tão interessante quanto o resto.

"O próprio relato de Hitler reforça, além disso, a tese segundo a qual ele se converteu ao anti-semitismo após ter dilapidado a herança deixada pelos pais. Se então não se achava na dura miséria a que se refere mais tarde, pelo menos vivia às voltas com certas dificuldades financeiras e, em todo caso, descera muito mais baixo na escala social do que julgara possível - ele, que sonhara representar um papel destacado no mundo das artes, tornar-se um gênio e maravilhar o mundo."

"Sua principal preocupação era de que as circunstâncias viessem a privá-lo de seu direito a um grande destino. Receava viver numa época pobre em acontecimentos. Já na juventude, "fazia amargas reflexões sobre a data muito tardia de sua aparição neste mundo" e considerava um tratamento injusto da sorte o futuro que se lhe apresentava "num período de calma e de ordem". Sabia que só o caos, o tumulto e a subversão da ordem estabelecida poderiam remediar sua ruptura com a realidade. Presa dessas divagações exaltadas, Hitler era desses que preferem uma vida de catástrofes a uma de desilusões."

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